Um Novo Capitalismo | Filme propõe uma nova forma de pensar o empreendedorismo

Negócios sólidos de diferentes escalas nas áreas de saúde, educação e moradia são mostrados como alternativa dentro do próprio capitalismo para diminuir as profundas desigualdades atuais. Iniciativas de países como Índia, México e Brasil comprovam que existem empreendimentos alinhados com
seu coração social que estão impactando positivamente diversas pessoas.
Ao investigar de perto empreendedores com iniciativas lucrativas que colocam o impacto social no centro de sua estratégia de negócio, o filme revela como os dois eixos do “negócio social”, o retorno financeiro e o impacto social positivo, podem caminhar lado a lado.
“Ao longo dos últimos anos, e nas viagens de produção, pudemos perceber os avanços que os negócios sociais estão causando nas diferentes realidades que visitamos. Não se trata de uma responsabilidade só dos negócios, as transformações acontecem entre os setores, e com a força de todos” diz Priscila Martoni, produtora executiva do filme e sócia da Talk Filmes, realizadora do projeto.
“Estamos falando de um movimento global, de uma nova maneira de se fazer negócios focada em reversão de pobreza. São negócios com escala que estão mudando a vida das pessoas de baixíssima renda, e em temáticas de muita relevância diz Nina Valentini, uma das idealizadoras do filme e sócia da Dois e Meio, uma das realizadoras do projeto”.
Em depoimento ao documentário, Muhammad Yunus, criador do primeiro banco especializado em microcrédito do mundo, comenta:
“Nós criamos um sistema em que colocamos o lucro no centro de tudo. Então criamos negócios para gerar e maximizar o lucro. O mundo todo passou a seguir isso e nós passamos a só pensar em ganhar dinheiro. Buscamos dinheiro, por que é o objetivo da vida. (…) O dinheiro deveria ser o meio, não o fim”. “As crises sociais, políticas e econômicas mundo afora são outra mostra do por que temos que repensar e transformar a função das empresas e do capitalismo a serviço da sociedade”, diz Antonio Ermírio de Moraes Neto, cofundador do primeiro fundo brasileiro de investimento de impacto e um dos idealizadores
do documentário.
O projeto deste filme nasceu há 10 anos, quando Antonio, Nina e Fernando, co-produtores do longa metragem ao lado da produtora executiva Priscila Martoni, eram estudantes da graduação da FGV. O filme nasceu da indignação de acharmos normal vivermos num
sistema econômico que, apesar de gerar prosperidade econômica ,não está otimizado para distribuir esses benefícios.
Gostaríamos de inspirar pessoas a criarem negócios de impacto, gestores de empresas a assumirem maiores responsabilidades sociais, enfim, inspirar pessoas a buscar um propósito. E mostrar o setor dois e meio como uma alternativa bastante poderosa e viável, um modelo que pode contribuir com os outros setores na construção de um mundo melhor.
NOTA DOS PRODUTORES:
“O filme nasceu da indignação de acharmos normal vivermos num sistema econômico que, apesar de gerar prosperidade econômica, não está otimizado para distribuir esses benefícios. Gostaríamos de inspirar pessoas a criarem negócios de impacto, gestores de empresas a assumirem maiores responsabilidades sociais, enfim, inspirar pessoas a buscar um propósito. E mostrar o setor dois e meio como uma alternativa bastante poderosa e viável, um modelo que pode contribuir com os outros setores na construção de um mundo melhor.”

Sobre Emílio Faustino

Formado em jornalismo, atua na área há mais de 15 anos. Amante da sétima arte, no YouTube apresenta o canal EmpoderadXs onde entrevista atores, diretores e ativistas. Atuou em empresas como Rede Globo e UOL, sempre com enfoque em cultura e ativismo. É diretor executivo e fundador do site EmpoderadXs, onde promove a união de minorias sociais e realiza seu sonho de dar voz para quem precisa.