Psicólogos classificam masculinidade padrão como socialmente tóxica

Entidade médica classificou a masculinidade socialmente imposta como causa do aumento do machismo, homofobia, intimidação e assédio sexual.

A Associação Americana de Psicologia (APA) publicou um relatório intitulado “Primeiras Diretrizes para Prática com Homens e Meninos”, nas qual aponta a “masculinidade socialmente imposta” como “prejudicial” e simplesmente masculina demais para os dias atuais.

Como diz o extenso relatório da APA, masculinidade tradicional não é apenas ruim para os homens, mas é uma ideologia que pode alimentar machismo, homofobia e incentivar o assédio sexual. O relatório foi emitido internamente em agosto passado, mas só foi divulgado ao público nesta semana.

O estudo define a masculinidade exacerbada como uma atitude que é “marcada por estoicismo, competitividade, domínio e agressão… em geral, prejudicial”, dizem os psicólogos em seu relatório.

A APA aponta que a masculinidade socialmente imposta é psicologicamente prejudicial e que a socialização dos meninos e a repressão de suas emoções, causa danos que repercutem tanto interna como externamente”. Trata-se de um padrão social e não biológico.

Mas é mais do que apenas um estado mental, já que a “ideologia da masculinidade” é caracterizada por “uma constelação particular de padrões que dominam grandes segmentos da população, incluindo: antifeminilidade, conquista, esquiva da aparência de fraqueza, aventurismo, risco e violência ”.

A APA sugere que garotos criados dentro deste padrão de masculinidade vão passar mais tempo assediando garotas, se envolvendo em brigas e praticando bullying em seus colegas gays, ao vez de tirar boas notas na escola.

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