Estudo mostra que 8 em cada 10 pessoas apoiam atitude contra homofobia nos estádios

Pesquisa da Toluna mostra também que para 59% a medida ajudará a diminuir os casos entre as torcidas

“Aos 19 minutos do segundo tempo, a partida foi paralisada para informar ao delegado do jogo e aos capitães de ambas as equipes a necessidade de não acontecer novamente e para informar no sistema de som do estádio o pedido para que os torcedores não gritassem mais palavras homofóbicas”. Isso é o que diz a súmula da partida entre São Paulo x Vasco, assinada pelo árbitro Anderson Daronco e realizada no último dia 25 de agosto, se tornando um marco na história do futebol nacional: pela primeira vez um jogo foi interrompido devido a manifestações homofóbicas de uma torcida.

A partir disso, a Internet se dividiu entre aqueles que concordaram com a decisão do juíz em campo e os que acharam um exagero e com isso, a Toluna, empresa fornecedora líder de insights do consumidor sob demanda, decidiu mensurar a aprovação da decisão. Para 83% a norma que pode fazer com que o clube até perca pontos no campeonato é correta, já para 11% essa determinação não é boa, já que as torcidas gritam esses cantos por brincadeira e 5% dos entrevistados não têm opinião formada.

Já quando se trata de qual punição deve ser tomada, para 54% deveria ser jogos sem torcida do time agressor, 43% acreditam que deve ter uma multa em dinheiro para o time agressor, 41% acham que a perda de pontos é o melhor castigo, 33% acham que o clube da torcida agressora deveria perder o mando de campo e 7% dizem que não havia ter nenhuma punição. Para 5% a punição deveria ser outra, como identificar e expulsar os torcedores ou prisão para os mesmos ou até o rebaixamento do time.

Visão das marcas

A pesquisa também quis saber dos entrevistados se eles também acham que alguma empresa que patrocina o time pode ter problemas com sua imagem devido a essas ofensas. Para 63% das pessoas eles acham que os patrocinadores podem sim ter problemas devido aos gritos homofóbicos, para 36% as marcas não tem nada a ver com isso então, as pessoas acreditam que elas não terão problemas e 0,5% não tem opinião sobre o tema.

Além disso, o estudo também perguntou se, após essa medida, as pessoas acreditam que as torcidas vão parar com esse tipo de canto. Para 59% sim, os gritos homofóbicos devem parar, já 20% acham que nada vai mudar e 22% não sabem se a medida terá algum efeito.

Link para o estudo: http://tolu.na/l/Ay92Tsk7B

Nota ao editor

Pesquisa realizada de 29 de agosto a 01 de setembro de 2019 com 581 pessoas no Brasil, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 1.625 por mês. Estudo feito com pessoas acima de 18 anos, todas as regiões brasileiras, com 3% de margem de erro e 95% de margem de confiança.

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