Conheça 7 outras formas de relacionamento para você que quer sair da monogamia

Cansado da Monogamia? O Empoderadxs listou 7 outras possibilidades de relacionamento que você pode explorar, afinal, todas as formas de amar são válidas!

Em nossa sociedade, historicamente, somos ensinados a acreditar em um único modelo de relacionamento, o monogâmico heteronormativo, ou seja: a família consistida por um homem, uma mulher e seus filhos.

Nas últimas décadas, observou-se uma maior exposição de famílias homoafetivas (dois homens ou duas mulheres) na mídia e na vida diária, mas a representação de famílias que adotam um modelo não monogâmico segue tímida.

Mas no que consiste a Não Monogamia?

Bem, para entender esse conceito, precisamos relembrar o conceito de Monogamia: um modelo de relacionamento em que duas pessoas tem exclusividade afetiva e sexual.

Sendo assim, a Não Monogamia consiste em um termo “guarda-chuva”, que abrange qualquer modelo de relacionamento em que a exclusividade afetiva e/ou sexual não seja necessária.

Quais os modelos Não Monogâmicos mais comuns?

1- Relacionamento liberal

Relacionamento com molde monogâmico clássico, mas que permite liberdade sexual se seguidas algumas condições. Exemplos: permissão para beijar outras pessoas em festas, casais que pegam outras pessoas quando juntos (mas não sozinhos), swing.

2 – Relacionamento aberto

Modelo em que os envolvidos apresentam exclusividade afetiva entre si, mas tem liberdade sexual, podendo manter relações com outras pessoas.

3 – “Don’t ask, don’t tell” (“Não pergunte, não fale”):

Modelo de relacionamento aberto em que os envolvidos apresentam liberdade sexual, mas mantém um pacto de nunca comentarem ou perguntarem sobre as suas aventuras e as do parceiro.

4 – Poliamor fechado (polifidelidade):

Modelo de relacionamento que envolve três ou mais pessoas, que se relacionam sexualmente e amorosamente apenas entre si.
Exemplo – Relacionamento em triângulo (Trisal): três pessoas que se relacionam todas entre si.

5 – Poliamor aberto: modelo de relacionamento que envolve três ou mais pessoas, que apresentam liberdade de manterem relações sexuais com outras pessoas. Geralmente esse modelo adota exclusividade afetiva, ou seja, os envolvidos tem envolvimento amoroso apenas entre si.
Quando há liberdade sexual E afetiva, o conceito se confunde com o de Amor Livre, abaixo.

6 – Relações Livres ou Amor Livre

Relacionamentos que apresentam liberdade sexual e afetiva, estando os envolvidos livres para desfrutar de sexo ou amor com quem lhes for conveniente.

7 – Anarquia relacional:

Modelo em que se desfruta dos relacionamentos sem adotar rótulos para estes e que rejeita qualquer noção de hierarquia entre os tipos de relacionamento, por exemplo, entre parceiros amorosos/sexuais e amigos. É meio complexo mesmo.

Note que essas são definições gerais e bastante simplificadas.  Não monogamia não é um conceito engessado e as exatas definições apresentam divergências entre os autores.

Autoria: Tiago Silva

Não Monogamia é, justamente, sobre acordos.

“O combinado não sai caro” é uma expressão popular que se aplica bem aqui.

Via de regra, as relações não monogâmicas iniciam com a discussão sobre como o relacionamento deve ocorrer, quais são os acordos e as “regras”. Não existe um certo e errado nesse momento, apenas o que é mais confortável para todas as partes.
Essas regras não são imutáveis. Eventualmente os envolvidos podem progredir para modelos mais livres ou mesmo voltar para um modelo mais fechado.

Amor e preconceito

Essa Ilustração é parte do livro “Mulheres” de Carol Rosseti (Editora Sextante)

A sociedade é frequentemente trata com descaso, aversão ou mesmo ódio qualquer coisa que seja ligeiramente diferente dos padrões estabelecidos, e não é diferente em relação a relacionamentos.
Foi assim com relacionamentos homoafetivos, relacionamentos inter-raciais e mesmo relacionamentos entre pessoas desquitadas.
Relacionamentos não monogâmicos frequentemente são relacionados à promiscuidade e “incapacidade de amar”, afirmações que, na internet, costumam vir acompanhadas por uma série de insultos que a boa educação impede de comentar.

Entretanto, acredito que para qualquer pessoa civilizada fique claro que os acordos entre duas (ou mais) pessoas adultas e mentalmente sãs dizem respeito apenas aos envolvidos.

“Ah, mas eu não conseguiria”

Tudo bem. A não monogamia não é uma religião, ela não exige catequizar ou espalhar a palavra. Ela surge como uma opção e, principalmente, um convite para reflexão: “como eu quero meus relacionamentos?”.
Não precisamos de modelos prontos.
Reflita. Discuta. E escolha o jeito que lhe faz feliz.

E você já pensou em viver um relacionamento não monogâmico? Já teve alguma experiência nesse campo? Conta pra gente nos comentários!

Sobre Leonardo Carvalho

Médico do Esporte por formação, atuando também em Dor Crônica e Reabilitação. Catarinense radicado em São Paulo. Adepto do amor livre. Profundamente liberal nos costumes.