Maite Schneider cofundadora do projeto comenta sobre as conquistas e os desafios que as pessoas trans ainda enfrentam na hora de se inserirem no mercado de trabalho
A realidade das pessoas trans no Brasil ainda não é das melhores, da sigla do LGBTQIA+ a letra “T” de transexuais e travestis é ainda a que mais sofre em nosso país.
As primeiras dificuldades da vivência de pessoas trans surgem no próprio lar com a própria família gerando um verdadeiro efeito dominó que começa muitas vezes com a expulsão de casa, passa pela evasão escolar e culmina na dificuldade dessas pessoas se inserirem no mercado de trabalho tanto por falta de formação, quanto por conta do próprio preconceito dos empregadores.
Mas felizmente essa realidade tem mudado e iniciativas como a da TransEmpregos contribuem de forma efetiva para diminuir esse abismo entre pessoas trans e o mercado de trabalho.
A TransEmpregos é o maior e mais antigo projeto de empregabilidade de pessoas Trans do Brasil. A iniciativa promove e auxilia nas contratações diariamente, além facilitar o acesso a cursos de formação para as pessoas trans.
Do outro lado do balcão, as empresas parceiras podem anunciar vagas e ter acesso a conteúdos exclusivos para implementação e aperfeiçoamento dos seus processos de inclusão. Seja usuário ou empresa, a TransEmpregos é completamente gratuita.
Ao todo, somando os dados de 2020 e 2021 já foram mais de 1500 contratações. Sendo que somente em 2021 foram 797 profissionais empregados, registrando um crescimento de 11% comparado aos números de 2020. Hoje a TransEmpregos celebra também a contratação de profissionais Trans em todos os estados brasileiros.
Maite Schneider, cofundadora da TransEmpregos comemora os números, mas também analisa os pontos de melhoria quando o assunto é inclusão de profissionais transgêneros no mercado de trabalho. “Neste ponto é importante observar que as contratações ainda são muito higienistas: homens trans/transmasculines são mais facilmente contratades do que mulheres transgêneras; pessoas trans negras tem 72% mais dificuldade a uma vaga mesmo com competências de hard e soft skills idênticas a de uma pessoas trans branca e pessoas não- bináries tem ainda pouca chance de contratação nas empresas brasileiras”, pontua.
Para 2022 os planos da TransEmpregos é de ir além da empregabilidade. “Queremos que empresas que já trabalhem com inclusão e diversidade possam ir além da empregabilidade. Empregabilidade é somente um dos modos de ser criar espaços mais inclusivos. Como exemplo, cito a criação do PRIMEIRO PROGRAMA DE TRAINEES exclusivo para pessoas trans, feito pela Casa&vídeo. Um programa onde não precisa ter experiência, e o profissional passara durante dois anos por todas as áreas da empresa e no final será sub-gerente de loja. Ainda o programa prevê uma graduação gratuita em Gestão Comercial, auxilio farmácia para hormônios/medicamentos e consultoria jurídica para troca de nome e gênero, se quiser. É isto que falo quando digo ir além da empregabilidade. Precisamos multiplicar este tipo de iniciativa que muda vidas e o mundo que vivemos”, conclui Maite.
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Confira o mais recente vídeo institucional daTransEmpregos e já prepare o lencinho: