A super-heroína tem conquistado cada dia mais fãs, quebrando paradigmas de conteúdo, considerados ousados para a TV aberta, e rendendo bons números de audiência
Ser o primeiro nunca é fácil, e ser a primeira super-heroína lésbica a liderar sua próprio série, em um gênero tradicionalmente dominado por homens cisgêneros e heterossexuais é uma tarefa super-heroica para Batwoman e para Ruby Rose, a atriz e modelo australiana que interpreta a sombria prima do Homem-Morcego.
A mais recente aposta do canal CW em programas de TV de super-heróis tem causado bastante alvoroço desde que foi anunciada pela primeira vez, e nem sempre por boas razões. Agora, com quatro episódios em sua primeira temporada, Batwoman está alcançando seu ritmo e se tornando conhecida por sua ação divertida, mistérios sombrios e muitos beijos lésbicos, em vez do drama inicial nos bastidores da produção.
Sua personagem é pioneira, pois é a primeira vez que um super-herói é lésbica em uma série de TV, enquanto a atriz Ruby Rose também se identifica como gay.
O último episódio, ‘Who Are You?”, que foi ao ar no domingo, 27, está dando a comunidade lésbica exatamente o que elas querem. Há uma cena quente no quarto entre as personagens Kate e Reagan, uma bartender que ela conheceu em uma festa. Infelizmente, por causa de sua identidade secreta, como Batwoman, e alguns de seus sentimentos pendentes por sua ex namorada, Sophie, Kate e Reagan terminam o relacionamento no final do episódio.
Quando Rose foi anunciada para assumir o papel de Batwoman houve algumas queixas, principalmente de que a atriz não era judia como a personagem dos quadrinhos e que, na opinião de muitos espectadores, ela não era uma atriz forte o suficiente para empenhar uma personagem de liderança tão complexo como este. Houve ainda mais controvérsia depois que o piloto foi ao ar quando homens heterossexuais começaram a se reunir no Rotten Tomatoes e no IMDB para bombardear o programa, reclamando de “guerreiros da justiça social” e dando ao programa a classificação mais baixa possível.
Esses obstáculos podem ter atrapalhado o programa um pouco no começo, mas agora que a apresentação passou, Batwoman está se tornando o programa que os fãs de quadrinhos esperavam.
Haviam preocupações iniciais de que o programa não adotaria o lesbianismo de Kane, algo que é uma grande parte da personagem nos quadrinhos. Mas esses medos estão sendo esmagados a cada encontro que ela prossegue e a cada mulher com quem ela se dá bem.
Mesmo com todo o drama fora da tela, o programa está se mantendo forte nas classificações. Apesar de estar ao mesmo tempo que um jogo da NFL e da World Series na noite do último domingo, o programa foi visto por 1,26 milhão de espectadores, mais do que outro popular programa da CW, Supergir
Batwoman, de várias maneiras, é uma série de fãs, feito sob medida para mulheres queer. Durante anos, vimos Bruce Wayne conhecer modelos, atrizes e advogadas e salvar a cidade ao mesmo tempo, e agora finalmente vemos uma lésbica empoderada fazendo tudo isso também!
Esse programa é uma ficção, com um grande orçamento e com protagonismo lésbico e já era hora de acontecer algo assim na TV aberta.