O longa que romantiza o sequestro e o estupro está entre os dez mais assistidos da Netflix desde sua estreia
Um dos novos lançamentos da Netflix, o filme 365 Dias tem passado por boicote de grupos nas redes sociais. O longa tem cenas de sequestro, assedio e estupro praticados em uma mulher.
O filme polonês ganhou espaço com o público pela cenas explícitas de sexo. Baseado no romance da escritora Blanka Lipinska, o filme conta a história de Laura Biel, uma jovem que viaja para a Sicília de férias com o namorado. Ela acaba sendo sequestrada por Massimo, um membro da máfia local, que tentará fazer de tudo para que Laura se apaixone por ele enquanto a mantém refém durante 365 dias.
A polêmica gira entorno de uma relação abusiva e não consentida, sem contar a normalização da Síndrome de Estocolmo, que é quando a pessoa sequestrada se “apaixona” pelo sequestrador.
A petição criada no Change.com, tem mais de 65 mil assinaturas, no entanto, a Netflix ainda não se pronunciou sobre o assunto. Inúmeros artistas se posicionaram contra o longa.
A cantora Duffy, 36, foi uma das que acusou o conteúdo de “glamorizar a realidade brutal do tráfico sexual, sequestro e estupro”.
Duffy revelou em uma carta no começo do ano que foi vítima de estupro. A artista disse que foi drogada e mantida em cativeiro por dias. “Eu não quero estar nessa posição de ter que escrever a você, mas em virtude do meu sofrimento me vi obrigada a fazê-lo”, afirmou em entrevista para a revista estadunidense Entertainment Weekly.
Mesmo com as críticas pesadas, o longa polonês teve sucesso no mundo. A Netflix já anunciou uma sequência, mas não entrou em detalhes.