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A startup reúne um time de profissionais especializados nas reivindicações LGBTI+, oferecendo atendimento gratuito em casos graves em que a vítima não tem condições financeiras de arcar com os custos
A população LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, intersexuais e outras orientações sexuais, identidades e expressões de gênero) tem na startup Bicha da Justiça um apoio para causas jurídicas O projeto reúne um time de profissionais especializados nas reivindicações LGBTI+ e facilita o contato dos usuários por meio de uma plataforma online 100% segura.
Para incentivar o contato, o primeiro atendimento oferecido pela startup é gratuito, e a partir daí, a arrecadação acontece na venda da assessoria jurídica. Ocasionalmente, em casos graves em que a vítima não tenha condições financeiras, a startup oferece aconselhamento pro bono (gratuito).
A lawtech – termo usado para nomear startups que criam produtos e serviços de base tecnológica para melhorar o setor jurídico – é especializada nos direitos dos LGBTI+. Essa comunidade costuma ter uma grande dificuldade para encontrar um profissional que, além de ser técnico, consiga entender a dor que é sentida. O nome é lúdico e faz referência à Liga da Justiça. O principal objetivo é defender a população LGBTI+ e mostrar o cotidiano jurídico no Brasil. Somos o país que mais mata os membros dessa comunidade no mundo inteiro.
Além da violência cotidiana, o público LGBTI+ enfrenta dois outros problemas: encontrar informações claras sobre seus próprios direitos e um advogado que lute por eles sem correr o risco de vitimização. Através da plataforma Bicha da Justiça, é oferecida assessoria jurídica livre de LGBTfobia com inclusão.
Segundo a advogada e fundadora Bruna Andrade, a empresa está preparada para atender diferentes demandas jurídicas, como pedidos de união estável, adoção, divórcios e até ocorrências mais específicas, como violência física, lgbtfobia, alteração de nome e gênero em documentos e solicitação de cirurgias de redefinição de sexo pelo SUS. “Também atendemos demandas gerais, como direitos do consumidor, direitos trabalhistas e previdenciários”, afirma a idealizadora do projeto“.
A startup é a vencedora da categoria “voto popular” no Startup Show, uma competição com 300 inscritos e apenas 27 selecionados para concorrer ao grande premio. Foram 5 meses de muita dedicação para mostrar sua proposta de defender os direitos LGBTI+.
O reconhecimento do público foi conquistado a cada fase, através dos votos no portal do Startup Show. A comunidade LGBTI+ e diversos influenciadores digitais se mobilizaram para apoiar a startup. As redes sociais foram indispensáveis para conquistar a vitória e a visibilidade para essa luta diária.
Mais de 2 milhões de contas foram movimentadas só na final. O lema “unidos somos mais fortes” foi colocado em prática e, o troféu, merecidamente recebido.
Confira o site da Bicha da Justiça
Veja o vídeo :
