Israel proíbe oficialmente a prática da terapia de conversão no país

A Associação Médica de Israel (IMA) declarou, através de um comunicado público, seu forte posicionamento contra a terapia de conversão chamada popularmente de “cura gay”.

Em documento, a organização responsável pela regulamentação da prática de medicina em Israel IMA, proibiu todos os seus membros de realizar a terapia de conversão que classificou como prejudicial e perigosa.

“Há um grave perigo em submeter crianças e adolescentes ao tratamento e tentar mudar sua orientação sexual,” o IMA esclareceu em sua declaração.

Recentemente o site de notícias Ynet revelou em uma matéria os subterrâneos da terapia de conversão em Israel, especialmente entre os grupos religiosos fundamentalistas.

Uma queixa encaminhada ao Comitê de éticas do IMA (Associação Médica Israelense) alertou para a revisão da associação de sua posição anterior sob a terapia da conversão. O IMA reconheceu os perigos da prática e seu impacto psicológico negativo.

“Uma revisão abrangente de estudos e reavaliação clinica de outras organizações ao redor do mundo, mostrou que não há lugar para qualquer forma de tratamento com base no pressuposto de que a homossexualidade não é uma doença ou uma desordem que requer tratamento”, disse o IMA.

“Os tratamentos para mudar a orientação sexual além de ser ineficaz poderia causar danos mentais, como ansiedade, depressão e tendências suicidas.” declarou a organização

Outras associações médicas endossaram o documento com o posicionamento do IMA na terapia de conversão incluindo: associação psiquiátrica de Israel, a sociedade israelita da medicina do adolescente, a associação pediatra de Israel, a sociedade para promover a saúde na comunidade LGBT, o Israel Associação de médicos da família e da associação psiquiátrica da criança e do adolescente de Israel.

Os defensores LGBTI em Israel festejaram a nova posição: “Nós percebemos que as associações médicas em Israel tiveram que tornar clara sua posição. Estas orientações importantes podem salvar vidas” declarou Dr. Ruthi Gofen, co-fundador do Gan Meir LGBT Center em Tel Aviv.

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