Primeiro banco digital voltado para o público LGBTQIA+ chega ao Brasil

O serviço digital da Pride Bank é pioneiro e oferece serviços financeiros para toda a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, transgêneros, queers, intersexos e assexuais.

Cerca de 20 milhões de brasileiros fazem parte da comunidade LGBTQIA+, em 2015 o potencial de consumo por parte de 10% dessa população chegou a marca de US$ 134 bilhões, convertido para valores atuais passaria facilmente a marca de R$ 722 bilhões.

Esse é o foco do Pride Bank. Atingir pessoas que façam parte do público LGBTQIA+ para abertura de contas físicas e jurídicas.

Usando a mesma tática que a Nubank usou no passado, o Pride opera no Brasil desde novembro do ano passado com clientes convidados.

O banco digital saiu da fase beta e está atendendo desde o dia 17 de agosto serviços que incluem emissão de boletos, cartão de crédito, criação de contas e serviços de recarga.

Atualmente, a empresa conta com 9 mil clientes, limite previsto pela empresa para a operação experimental.

Parte dos ganhos do banco serão revertidos para causas sociais e iniciativas LGBTQIA+, a receita vem de pacotes de serviços, com valores que giram entorno de R$ 9,99 a R$39,99 nas contas pessoas físicas e de R$ 29,99 a R$ 149,99 para pessoas jurídicas.

A ideia veio dos fundadores Maria Fuentes e Alexandre Simões, que para iniciar o projeto contaram com a ajuda da Digital Banks, empresa que desenvolve plataformas de meios de pagamento.

A estreia seria na parada LGBTQIA+ de São Paulo, evento que movimenta R$ 400 milhões só na cidade paulistana. Porém, o festival foi cancelado devido à pandemia do novo Coronavírus.

Proposta social

O grande diferencial está nas contas, que darão a alternativa de pessoas transexuais colocarem o seu nome social registrado nos cartões, evitando constrangimentos.

Como Pride Bank foi criado o Instituto Pride, que recebe 5% da receita gerada pela empresa, sendo esse dinheiro revertido para causas importantes da comunidade.

O instituto apoia, hoje, casas como Arouchianos e Branda Lee, a rede Família Stronger, o fundo social Elas e a ONG EternamenteSOU, centro de convivência para idosos LGBTQIA+. Outros 5% são revertidos em iniciativas culturais, de entretenimento e esporte voltados para o movimento.

Sobre Luiz Fernando Figliagi

Estudante de comunicação social em Ribeirão Preto. Jornalismo por amor e cinema como sonho, vibrei muito quando Parasita venceu o Oscar. Amante de Friends, fã de Harry Potter e músico nas horas vagas. Faço parte dos 5,5 milhões que não tem o registro do pai biológico no RG.