O Grindr foi de fato o primeiro app voltado a promover encontros entre pessoas a atingir o grande público. O aplicativo foi lançado em 2009 (três anos antes do lançamento do Tinder) e mantém uma reputação de prestigio como um aplicativo de conexão para gays.
O pioneiro do mercado de app de encontros foi totalmente voltado à comunidade LGBT ao invés de focar em um público mais amplo. Para agradar à todos, a mesma empresa mantém o Blendr (lançado em 2011), mas este nunca atingiu o sucesso como o seu percursor.
O Grindr possui uma comunidade bastante sólida e pelo fato de só contar com usuários da comunidade os mesmos encontraram no app um lugar seguro para contatar pessoas sem serem incomodadas.
Mas a empresa por trás dela sempre se enxergou mais do que isso – como uma empresa de mídia para a comunidade LGBT. E, com a mídia LGBT voltada para a comunidade, em sua maioria povoada pelos mesmos nomes já conhecidos (revistas como Out e The Advocate), sentiu uma oportunidade de se ampliar no mercado.
Então, em agosto passado, lançou o Into (Intomore.com), um site de conteúdo digital destinado a uma geração mais nova de consumidores.
Desde agosto, o tráfego da Into se aproximou de um milhão de visitantes únicos nos EUA e 4 milhões em todo o mundo Além disso, durante os primeiros três meses, a publicação gerou 24 milhões de visualizações de vídeo em seu site e canais sociais.
A plataforma apresenta uma mistura de notícias e conteúdo de estilo de vida através de uma lente LGBT. Isso inclui histórias sobre como as políticas do presidente Trump afetarão a comunidade gay ou até mesmo guias de viagem e turismo.
O vice-presidente de marketing global da Grindr, Peter Sloterdyk, disse que, enquanto o aplicativo Grindr forneceu uma plataforma de lançamento valiosa para levar os leitores a Into, o site não serve para ser um veículo de marketing para o serviço de encontros.”Neste cenário é, Grindr é a empresa-mãe”, disse ele. “É uma autêntica publicação autônoma”.
O Grindr pretende continuar ampliando e diversificando seu serviço, possuir uma plataforma de geração de conteúdo não só oferece mais coisas para seu público como estimular anunciantes a investirem em propaganda, bem como um dia o app pode “fazer o Snapchat” e contar com uma aba que inclua revistas, sites, canais e outras fontes voltadas ao público LGBT, mas isso, por hora é apenas um dos investimentos futuros.