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Harvey Weinstein, produtor de cinema norte-americano acusado de estupro e assédio sexual, se entregou à polícia de Nova York na manhã desta sexta-feira, 25 de maio. Algemado e escoltado por policiais, o magnata de Hollywood foi levado a um tribunal de Manhattan por ato sexual criminoso contra duas mulheres não identificadas, dentre as 75 que o acusam de crimes sexuais.
Há meses a polícia de Nova York pedia a prisão de Weinstein, sob a alegação de possuir provas suficientes para acusá-lo de assédio sexual contra outras duas mulheres, as atrizes Paz de la Huerta e Lucia Evans, segundo informações da rede NBC.
No julgamento de hoje, Weinstein concordou em pagar fiança de US$ 1 milhão de dólares, ter o passaporte confiscado e usar dispositivo de monitoramento que rastreia sua localização. O produtor, no entanto, deve se declarar inocente, de acordo com seu advogado, Benjamin Brafman.
Cannes 2018
No último sábado, 19 de maio, a atriz Asia Argento, uma das mulheres que acusam o produtor Harvey Weinstein de estupro, voltou a falar sobre o crime, durante discurso no Festival de Cannes.
"Em 1997, eu fui estuprada por Harvey Weinstein aqui em Cannes. Eu tinha 21 anos. Este festival era um terreno de caça para ele. E mesmo hoje, sentados entre vocês, há aqueles que ainda precisam responder pela má-conduta contra mulheres; por um comportamento que não pertence a essa indústria; que não pertence a nenhuma indústria ou local de trabalho".
Assista ao momento no vídeo abaixo, disponibilizado pelo jornal inglês Daily Mail [em inglês]:
Movimento Me Too
As acusações contra o produtor Harvey Weinstein, publicadas pela primeira vez em outubro do ano passado no jornal americano The New York Times, foram o estopim do movimento Me Too, campanha com o objetivo de combater crimes sexuais nas indústrias televisiva e cinematográfica norte-americanas.
Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Mira Sorvino, Rosana Arquette e Léa Seydoux estão entre as atrizes que acusaram Weinstein de assédio ou ato sexual criminoso.
Após as acusações, o produtor foi demitido da própria companhia, a Weinstein Company; expulso da Academia de cinema dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, e se internou em um centro de reabilitação para viciados em sexo.
