Oscar 2019 | 1ª diretora em um curta da Pixar é indicada na premiação

O curta-metragem Bao, dirigido pela chinesa Domee Shi, recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Curta de Animação. É a primeira vez que uma mulher é indicada nesta categoria.

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Como em todos os anos, as indicações ao Oscar causam surpresas e geram polêmicas em algumas categorias. Entre as escolhas deste ano chama muito a atenção o fato de que entre as oito escolhas de Melhor Filme e cinco indicados a Melhor Diretor nenhuma indicação incluí um filme dirigido por uma mulher, especialmente em um ano com vários filmes bem sucedidos, dirigidos por mulheres, incluindo Duas Rainhas, de Josie Rourke, e Poderia Me Perdoar ? de Marielle Heller.

Esta é uma das muitas razões pelas quais a indicação de Melhor Curta de Animação de Bao da Pixar esta fazendo história. Bao é o primeiro curta-metragem dirigido por uma mulher da Pixar, com 19 outros curtas já lançados anteriormente, nenhum deles foi dirigido por uma mulher e de a diretora de Bao, Domee Shi, está escalada para realizar um longa-metragem com estréia prevista para 2022.

O curta de oito minutos de Shi é inspirado por sua herança cultural na comunidade chinesa e é tão impactante, porque dá voz à experiência de imigrante asiática.

Bao – que se traduz em “pão” e também “tesouro” – é um bolinho cozido no vapor – centra-se em uma mãe chinesa que lida com a síndrome do ninho vazio e o que acontece quando um de seus bolinhos ganha vida. O bao atravessa a adolescência e a idade adulta como qualquer outro filho em crescimento.

Para evitar que bao a deixe, a mãe desesperada literalmente engole o filho bolinho. A cena comovente é seguida pelo próprio filho humano caminhando para a casa onde a metáfora do ninho vazio é totalmente realizada, seu filho se parece com o bao que ela adorava, com o mesmo formato de rosto, óculos e cavanhaque.

“Eu tentei desenvolver mais esse personagem mãe, aproveitando o sentimento que todos os pais têm quando seus filhos saem do ninho”, disse Shi ao Deadline.

Além de abordar a superproteção dos pais asiáticos, o curta se preocupa com outor tema que mexe na estrutura familiar de imigrantes, o namoro inter-racial.

“O namoro inter-racial é um assunto ainda complicado, e muitas famílias de imigrantes estão lidando com isso”, explicou Shi. “ Os filhos estão trazendo parceiros para casa ou pessoas que não são da mesma cultura que seus pais. Não há muito conflito, mas é mais como se houvesse um desconforto porque há uma estranheza cultural nisso. ”

Confira o trailer de Bao :

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