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Rede social irá bloquear todo e qualquer post que promova a disseminação a terapia de conversão
A tentativa de mudar a orientação sexual ou identidade de gênero de uma pessoa tem sido rejeitada por todas as organizações médicas e de saúde mental por décadas, por estarem relacionadas ao aumento de depressão, suicídio e dependência química.
A diretora de políticas públicas do Instagram, Tara Hopkins, reconheceu o estrago causado pela terapia de conversão, enquanto explicava como a empresa está mudando sua maneira de lidar com ela.
“Não permitimos ataques contra pessoas com base em orientação sexual ou identidade de gênero e estamos atualizando nossas políticas para proibir a promoção de serviços de terapia de conversão”, disse ela, falando exclusivamente à BBC.
Ela continua: “Nos sempre estamos revisando nossas políticas e continuaremos consultando especialistas e pessoa com experiências pessoais para informar sobre nossa abordagem.”
No início de 2020, a rede social havia banido os anúncios pagos referentes a este tipo de terapia. E agora, resolveu eliminar também as postagens orgânicas sobre o assunto, depois que usuários do Reino Unido fizeram um pedido para a remoção de publicações de uma organização criticada por promover a prática. A partir do dia 10 de Julho, qualquer conteúdo estimulando a prática será banido da plataforma.
A empresa mencionou que levará tempo para atualizar todas as suas políticas e refletir essa proibição geral, embora algum conteúdo que os usuários sinalizarem não possa ser imediatamente removido, com o tempo isso vai mudar.
Até mesmo após a resolução da OMS (Organização Mundial da Saúde), que retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais, as denominadas “terapias de conversão sexual” são utilizadas afora e se pautam na teoria de que seria possível mudar a orientação sexual de uma pessoa.
Países como Estados Unidos , Canadá , Chile e México estão revisando suas leis sobre estes tratamentos. Brasil , Equador e Malta têm proibições nacionais de terapia de conversão. Já a Alemanha proibiu o tratamento para menores em maio deste ano.
De acordo com a agência Reuters, Harry Hitchens , co-fundador do grupo Ban Conversion Therapy, afirmou que a atitude da rede social é “um passo na direção certa, mas teríamos que esperar e ver exatamente que tipo de ação eles tomariam”.
