65% dos casais homoafetivos se conheceram em aplicativos, aponta pesquisa

Os dados revelam que além de ter aumentado o número de casais formados, os aplicativos contribuíram uma maior miscigenação de etnias, classes sociais e idade.

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Estudo revela que aproximadamente 2/3 dos casais do mesmo sexo que iniciaram um relacionamento em 2017 se conheceram online, através de aplicativos de encontro, de acordo com um novo estudo, divulgado nesta semana nos EUA.

A pesquisa mais recente, publicada em 28 de janeiro, revelou que 65% dos casais homoafetivos que se reuniram em 2017 se conheceram online, em comparação com quase quatro em cada 10 (39%) dos casais heterossexuais.

O estudo chamado de “Desintermediação de seus Amigos” foi realizado em uma colaboração de universidades. Assinado por Michael Rosenfeld e Sonia Hausen, da Universidade de Stanford, e por Reuben J. Thomas, da Universidade do Novo México.

Descobriu-se que os aplicativos de encontro tem sido a maneira mais comum de casais homoafetivos se reunirem nos EUA desde o ano 2000. Os dados também mostram que entre 1995 e 2017, a reunião de casais através da intermediação de amigos viu seu maior declínio, de 33% de casais no início do período para apenas 20% no final.

“Em nossas pesquisas anteriores as pessoas costumavam inventar histórias sobre como se conheceram por não se sentirem confortáveis em admitir que o primeiro contato ocorreu através de um App. Os novos dados revelam que hoje é culturalmente aceitável e muitas pessoas assumem e tem orgulho em admitir que o aplicativo foi a ferramenta para o encontro.” explicou Reuben J. Thomas, professor assistente de sociologia na Universidade do Novo México.

Os pesquisadores concluíram que o padrão para casais homoafetivos não mudou muito nos últimos anos, já que os indivíduos LGBT + foram os primeiros a adotar os serviços de internet, desde os tempos das salas de bate-papo, para o encontro de parceiros.

Grindr, lançado em 2009, facilitou o encontro entre gays

A pesquisa credita o aplicativo de encontros gay Grindr, lançado em 2009, como o acelerador do contato entre gays. Os pesquisadores batizaram o surgimento do App de “fase de telefone” na pesquisa, já que a ferramenta surge quase que ao mesmo tempo que os smartphones e o iphone e marca o primeiro momento em que os encontros saem do modelo desktop para o estilo mobile.

O estudo também aponta que a segunda forma mais comum de casais homoafetivos se conhecerem é em um bar ou restaurante. Cerca de 1/5 dos casais relataram o primeiro encontro em um bar ou restaurante, enquanto pouco menos de 20% disseram ter se encontrado através de amigos em comum.

“Atualmente encontrar por um parceiros é basicamente uma busca individual.” esta característica também criou uma indústria que hoje movimenta mais de US $ 4 bilhões para ajudar as pessoas neste encontro”, diz Thomas.

Eles também observam que a parcela de pessoas que se conheceram on-line e eram estranhas passou de 81% em 2009 para quase 90% em 2017. Por fim, eles observam que os casais on-line não parecem mais propensos a se separar do que aqueles que se encontraram “na vida real”.

A pesquisa sugere que o namoro on-line levou a mais casamentos inter-raciais, mais casais com diferentes religiões e níveis de educação, e também emparelhamentos com parceiros que tendem a ser mais próximos em idade.

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